quinta-feira, julho 26, 2007

101 anos depois

101 anos após o vôo do 14 Bis em Paris, marco da história da aviação e maior feito da ciência brasileira em toda a história, a incompetência e a desfaçatez institucionalizam, no Brasil, o medo de voar. Quando o Presidente da República revela ao povo que tem medo de avião, dizendo que "toda vez que fecho a porta, entrego minha sorte a Deus", assina um atestado de pusilaminidade e sentencia enfaticamente que voar nos céus brasileiros se assemelha a uma tentativa de suicídio. Com essa declaração, bem ao estilo "Lula no poder", o Presidente na verdade diz aos brasileiros que: "Não se preocupem, eu compartilho do mesmo medo que vocês. Voar em nossos céus é perigoso, clamem a Deus para que ele resolva o caos aéreo, pois eu também estou com medo". Declaração nesse teor, feita pelo homem que deveria agir para solucionar um problema que a mais de ano expõe a risco de morte milhões de brasileiros, já tendo levado a morte algumas centenas destes, significa que o governo está lavando as mãos e entregando o problema a Deus. Aos crédulos, rezem. Aos ateus, viagem de ônibus.

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