domingo, setembro 24, 2006

A máfia dos sanguessugas na gestão tucana

Sem desmerecer a conclusão lógica de quem negocia com bandido, bandido é, cumpre mencionar alguns fatos que não vêm sendo expostos com tanta ênfase na grande mídia, mais interessada em bradar acerca da já insofismável tendência do lulanato em antepor os fins aos meios, tudo em benefício da perpetuação no poder.

Voltando um pouco no tempo, livrando-nos um pouco da lama petista e mergulhando de cabeça na lama tucana, é preciso que nos questionemos a respeito do quê, afinal de contas, havia no tal dossiê Serra.

Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que o tal dossiê não consiste em uma sucessão de documentos e gravações forjadas. Não, a canalha petista que negociou a compra dos documentos não os forjou, apenas os tentou comprar, de maneira ilícita, para utilizá-los como trunfo, como instrumento de barganha, no estilo “Não te esqueças, ao tentar me jogar no precipício, que um laço firme nos une”.

Lemos na edição de hoje da Folha de São Paulo, que a Polícia Federal vai investigar a gestão tucana na pasta da Saúde. Não caiamos na paranóica tentativa de abalar a credibilidade desse órgão policial, imputando-lhe conluio com a administração petista. Está certo, concordo que a suspeita não é de todo infundada se pensarmos que as investigações poderiam andar mais rápido. Certos entraves justificam desconfiança, mas são insuficientes para evidenciar uma suposta colusão.

A grande suspeita que paira sobre a gestão tucana na pasta da saúde deriva de fortes indícios de que o sucessor de Serra no ministério, hoje prefeito de Piracicaba, estaria metido num esquema ilegal de emendas durante o tucanato, emendas estas que alimentariam a sanha arrecadadora da Planam.
Será que os dois fios da meada serão algum dia unidos? Será que algum dia seremos poupados da demagogia petista-tucana? Melhor: quando nos livraremos do PT (PMDB) e do PSDB (PFL)? Falta uma semana para as eleições. Pretendo fazer a minha parte.

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