domingo, agosto 05, 2007

Aprovação

Neste blog, a popularidade do presidente Lula nunca foi das mais elevadas. Buscando-se os artigos escritos no período das eleições passadas, encontrar-se-á manifestações de apoio à candidata Heloísa Helena, bem como inúmeras manifestações de repúdio ao candidato Geraldo Alckmin. Uma análise precipitada, baseada na constatação de que fizemos oposição firme ao candidato tucano, poderia concluir que apoiamos a eleição de Lula. Indiretamente, não temos como negar que a afirmação é procedente. Apoiamos Lula contra Alckmin, por entender que entre os dois, a vitória do segundo representaria um retrocesso. No entanto, essa opinião não serve para afirmar que este blog é lulista. Lendo atentamente os artigos aqui escritos, é fácil perceber, sem necessidade de descer a profundas elucubrações embasadas nas entrelinhas, que o governo Lula desagrada a este blog. No momento, o que temos é Lula. No futuro, ainda não vislumbramos uma opção que acalente maiores esperanças de melhora.

A notícia de que a aprovação de Lula, apesar da recente grita ecoada dos escombros do caos aéreo, matém-se nos mesmos patamares de março último não surpreende.

Não nos cansamos de externar a opinião de que a incompetência governamental é responsável, ao menos indiretamente, pelos acidentes da Gol e da TAM. Se nesses casos é indireta, numa análise global do caos do transporte aéreo brasileiro não há como negar que é direta.

É preciso ter em mente que se o caos aéreo, por recente, domina os noticiários, muitas outras catástrofes, de repercussão muito mais intensa, embora menos espetacular, justificariam uma reprovação muito mais significativa à administração Lula. No entanto, atribuir ao presidente Lula a culpa exclusiva por uma situação caótica que perdura há anos - agravando-se sob a sua gestão, não negamos - seria incorrer em leviandade.

Em razão disso, os 48% de aprovação não nos surpreende. Assim como também não surpreende o uso, pela oposição, de espetáculos dolorosos como arma para desestabilizar o governo. Governo esse que, envergonhamo-nos de afirmar, se desestabiliza por si só.

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