sexta-feira, agosto 31, 2007

Vozes da caserna

Após o lançamento do livro "Direito à Memória e à Verdade", ecoaram da caserna vozes de reclamação. O comandante-em-chefe do exército, general Enzo Martins, declarou que o texto é partidarista e distorce a realidade.

A caserna esbraveja porque o livro relata com minúcias as barbáries praticada pelos milicos, em específico contra 339 mortos e desaparecidos durante a ditadura dos coturnos.

Enquanto a caserna se sente ofendida, a sociedade civil tem que comerorar a iniciativa do governo federal em reconhecer os crimes praticados durante a ditadura. Iniciativa que renova as esperanças de que a íntegra dos arquivos do período venha a ser finalmente aberto para consulta popular - o Rio Grande do Sul é o único ente federativo que abriu integralmente os arquivos do período.

O interesse público em conhecer a fundo as atrocidades praticadas pelos militares não pode ser desprezado em benefício dos criminosos que, de 1961 a 1988, usaram a farda como instrumento de repressão contra os que não aceitavam a ideologia conservadora das forças armadas.

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