quarta-feira, dezembro 19, 2007

Macacos e norte-americanos

O irmão ao lado é um macaco reso, macaca mulatta para os íntimos. Os resos são originários da Ásia, tendo se separado da linhagem que deu origem aos seres humanos há cerca de 25 milhões de anos. Apesar dessa separação, o DNA deles é 93% idêntico ao nosso; por isso resolvi chamá-lo de irmão. Pois bem, nosso irmão vem nos prestando grandes serviços há vários anos. Foi utilizando-o como cobaia que cientistas descobriram o fator Rh do sangue, essencial para fazermos transfusões. Nos testes de vacinas contra a AIDS e a gripe, nosso irmão é o principal alvo.

Acontece que agora descobrimos que nosso irmão é tão bom com números quanto nossos outros irmãos, os universitários norte-americanos. Em um teste com 14 estudantes da Universidade Duke, nos States, os cientistas constataram que os resos se mostraram capazes de fazer adições mentais tão bem quanto os norte-americanos, digo, quanto nós, humanos.

Após a descoberta, capitalistas do mercado financeiro estão arregimentando macacos resos para trabalhar em suas agências; pois além de serem tão bons com números como os humanos, não sabem reclamar os seus direitos trabalhistas.

2 comentários:

Anônimo disse...

Viva os nossos irmãos ... hehe

Claudio

Anônimo disse...

Mais uma descoberta: os macacos Rhesus conseguem fazer operações matemáticas tão bem quanto nós humanos. Quanto mais se estuda mais se revelam a vasta contribuição desses, chamados por nós como seres "irracionais", que ao meu ver irracionais têm se mostrado o Homem...mas enfim. Graças ao sangue obtido desse bichinho divulgado pelo blog, descobriu-se o fator Rh, que nada mais é do que o antígeno presente nas hemácias. Eu, por exemplo, não teria sobrevido ao nascer se estudos nessa área e com essas "cobais" não tivessem sido feitas...digo isso porque o que teria acontecido comigo é o que chamamos de Eritroblastose fetal.
Somam-se ainda estudos na área da virulogia: a AIDS, que supreende-nos ao sabermos que os gatos (domésticos e salvagens) são resistentes a esse retro-vírus. Portanto, mais e mais estudos precisam ser feitos juntamente com a ajuda da biota, não deixando nunca de lado o respeito com tudo aquilo que compõe a natureza.