terça-feira, novembro 13, 2007

Abstrações concretas

Busco a essência encoberta.
Caminhos vertiginosos de uma terra absurda
Suor no rosto, arder na pele
Sol-lua intermitente
Revogo todos as leis, legisladas por conveniências inconvenientes
Irromper de vozes sem bocas.
Demiurgos de plantão.
Absorvo tudo que se esvai pelas frestas
Dos palácios voam aves estranhas
Sorrateiramente vigilantes à beira dos penhascos
Sussurros indiscerníveis
Automóveis em alta-velocidade.
Jazz.
Lábios sedutores
Cabelos longos luxuriantes.
Do concreto não quero nada
Busco a essência que se esconde
Se não tivesse teu amor, viveria absorto em meio ao caos.

2 comentários:

Anônimo disse...

A essência que se destaca em cada verso que escreves é divino. Mas igualmente divino é ser motivo de inspiração seja para um pintor, escultor, fotógrafo e no teu caso um exímio poeta. Concordo contigo: Se não tivesse teu amor, viveria absorto em meio ao caos.

Camafunga disse...

Muito bom teu texto.