
Em Portugal, a resistência teve como um dos tantos cenários a Universidade de Coimbra, cujo laboratório de química foi utilizado como arsenal militar. O próprio Napoleão, em seu diário, reconheceria mais tarde que a sua derrocada teve origem nas chamadas guerras peninsulares, episódio muito bem denominado por Laurentino Gomes como o Vietnã de Napoleão. As tropas napoleônicas, imbatíveis nos combates em campo aberto, não estavam preparadas para a guerra urbana, marcada por muito bem arquitetadas emboscadas. A inépcia do General Junot (foto à direita) é apontada como outro fator determinante para a sangrenta derro

Dos 29 mil soldados franceses que invadiram Portugal, só 22 mil voltaram para casa, tendo os restantes 7 mil sucumbido ante a forte resistência lusitana. Na Espanha, como reflexo da brutalidade das tropas franceses (retratada no quadro Os fuzilamentos da Moncloa, de Goya, acima à esquerda), o forte ressentimento popular acabou se transformando em uma heróica resistência, culminando com a capitulação de 20 mil franceses, em 20 de julho de 1808.

Assim como Hitler na Segunda Guerra, Napoleão cavou a sua derrota ao empreender uma irascível tentativa de conquista da Rússia, desguarnecendo as suas tropas à oeste.
A imagem da corte fugindo para o Brasil não pode ser utilizada como uma prova de covardia dos portugueses. A resistência heróica do povo lusitano contra as tropas de Napoleão merece ser reconhecida como uma das principais causas da derrota de um dos maiores gênios militares da história da humanidade.
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